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Contextualizando

Bolsonaro mirou público externo ao posar de 'perseguido' no STF

Em 11 de Junho de 2025 às 17:00

Texto de Matheus Pichonelli:

"É uma norma básica, nos manuais de marketing político, o convívio de versões distintas e conflitantes na mesma figura pública.

Ora o líder carismático é invencível (imbrochável?), guia de um povo eleito, e nada o detém.

Ora é “fraquinho”, perseguido e acuado por gente grande, poderosa e mais forte que ele.

Os figurinos se alternam a depender da freguesia.

Diante de Alexandre de Moraes, nesta terça-feira (10), Jair Bolsonaro (PL) optou pela versão humilde.

Ela pede licença, chama o magistrado de senhor, ite (e pede desculpa pelos) exageros, expõe limitações e, mais do que tudo, se vende como vítima de uma grande conspiração.

O ex-presidente e seus advogados sabem que ele entrou em campo com placar desfavorável após o testemunho avassalador do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que colocou o ex-chefe no centro da trama golpista.

Na véspera, o tenente-coronel confirmou que Bolsonaro não só viu como editou a minuta que previa até a prisão de ministros do STF para melar as eleições e permanecer no poder.

Estranhamente, ninguém tocou nem viu nem soube da existência da tal minuta entre os réus interrogados antes e depois do ex-presidente.

Mas a minuta existiu, e foi encontrada na casa do ex-ministro da Justiça que mal assumiu a Secretaria de Segurança do Distrito Federal e já saiu de férias enquanto a bomba golpista explodia em Brasília em 8 de janeiro de 2023. Tudo uma grande coincidência, segundo Anderson Torres, o quarto réu a ser ouvido.

Torres e Bolsonaro tinham as digitais do documento, e ambos sabiam que era difícil limpar a cena do crime diante do tribunal.

A estratégia, para Bolsonaro, era falar com o público externo de uma audiência transmitida ao vivo e gerar o maior número de cortes possível para convencer os fãs de que, na sua versão acuada, ele tentou fazer de tudo para salvar o Brasil dos poderosos – alguns diante dele na 'inquisição' – e foi alvejado em pleno voo.

Por isso ou mais tempo descrevendo supostos feitos de sua istração, e forçando a comparação com o atual governo (só faltou mandar um 'e o Lula?') do que explicando decentemente por que ou os últimos dois meses como presidente trancafiado com os chefes militares.

A estratégia era essa, mas não há garantias de que funcionou.

Na ânsia de salvar a própria pele, Bolsonaro se desvencilhou dos manifestantes radicalizados (por ele, diga-se) que pediam intervenção militar nas ruas e em frente dos quarteis. Chamou-os de malucos. Alguns estão presos pela causa. Parece ingratidão – e é."

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