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O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou neste domingo (8) que o Exército impeça a chegada à Faixa de Gaza de um barco de ajuda humanitária que carrega 12 ativistas a bordo, incluindo a ambientalista sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila.
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"A Greta, a antissemita, e aos seus companheiros, porta-vozes da propaganda do Hamas, digo claramente: voltem, porque não chegarão a Gaza", disse o ministro em um comunicado.
"O Estado de Israel não permitirá que ninguém rompa o bloqueio marítimo de Gaza, cujo principal objetivo é impedir a entrega de armas ao Hamas", afirmou.
O veleiro Madleen faz parte da coalizão Freedom Flotilla (Flotilha da Liberdade), que atua pelo fim do bloqueio em Gaza. A embarcação saiu da Itália com o objetivo de furar o cerco de Israel e entregar alimentos e remédios a moradores, diante da crise humanitária na região.
Segundo a mídia israelense, militares planejam interceptar o barco e escoltá-lo até o porto de Ashdod, no sul do país. A tripulação seria então deportada --a previsão é que o veleiro chegue ao litoral de Gaza até a manhã desta segunda-feira (9).
Em 2 de março, Israel impôs um bloqueio total à entrada de alimentos e medicamentos no território. Após uma suspensão total da ajuda por 78 dias, o governo de Binyamin Netanyahu flexibilizou a entrada de ajuda diante da crescente pressão internacional.
A retomada caótica da distribuição de ajuda humanitária, no entanto, tem sido realizada por meio da controversa Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), apoiada por Israel e pelos EUA. A entidade tem sido criticada por organizações internacionais devido ao caos e mortes durante a distribuição de mantimentos.
Neste domingo, outros quatro palestinos foram mortos, de acordo com autoridades médicas do território, e várias pessoas foram feridas por soldados israelenses durante a distribuição na região de Rafah, no sul de Gaza. O Exército israelense afirmou, em nota, que suas tropas abriram fogo, mas disse que os disparos foram de advertência contra um grupo que avançava em direção aos soldados e era considerado uma ameaça.
À Folha o brasileiro Ávila, que está na flotilha, afirmou que o grupo está "preparado e ciente dos riscos". "Estamos conscientes de como agir em situações de emergência, crise ou ataque, para preservar tanto quanto possível a vida, a integridade física e a liberdade de todos", disse.
Na missão anterior da Flotilha da Liberdade, o barco Conscience foi alvo de um ataque de dois drones na madrugada de 1º de maio. Os danos provocados forçaram o seu retorno. Era uma embarcação maior, com 80 pessoas de mais de 20 países.
O Madleen é mais modesto: leva 12 pessoas de 7 nacionalidades diferentes. O barco transporta itens como leite, arroz, conserva e barras de proteína.
"O plano é chegar a Gaza, descarregar os suprimentos com o apoio do nosso barco de resgate, distribuí-los e seguir denunciando o que está acontecendo. Nosso papel é abrir um corredor humanitário. Uma vez aberto, retornaremos com mais coisas", disse Ávila.
Nos últimos dias, dezenas de palestinos foram mortos e centenas ficaram feridos ao tentar ar os pontos de distribuição de comida, que estão a cargo da GHF. A entidade anunciou na sexta-feira (6) e no sábado (7) que o serviço havia sido interrompido por questões de segurança.
Desde o início da operação de distribuição, ao menos 102 palestinos foram mortos e cerca de 500 ficaram feridos, de acordo com autoridades locais. Imagens e relatos de testemunhas apontam que forças israelenses abriram fogo contra multidões famintas --Israel fala em "tiros de advertência" e atribui a violência ao Hamas.
Em abril de 2024, três relatores especiais da ONU exigiram agem segura para a Flotilha da Liberdade. Eles afirmaram que Israel deve cumprir o direito internacional e as ordens da Corte Internacional de Justiça, permitindo a entrada irrestrita de ajuda humanitária em Gaza.
A iniciativa da flotilha existe desde 2008. Em 2010, um grupo de sete embarcações, incluindo o turco Mavi Marmara, foi atacada por Israel --nove pessoas morreram e 50 ficaram feridas.
Uma investigação do Conselho de Direitos Humanos da ONU concluiu que o ataque israelense foi desproporcional e ilegal. Na época, Tel Aviv disse ter agido em defesa própria.
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