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Veja o que sabe sobre o caso do Major que sequestrou família e assassinou ex-cunhado e o próprio filho

Publicado em 09/06/2025, às 08h52 - Atualizado às 08h52
Cortesia
Cortesia

por Pedro Acioli*

Publicado em 09/06/2025, às 08h52 - Atualizado às 08h52

O assassinato de duas pessoas, após serem feitas reféns, marcou o final de semana, em Maceió. Pedro Silva, major da Polícia Militar, manteve a família dele em cárcere privado e assassinou o próprio filho, de apenas 10 anos de idade, e o cunhado, que também era policial militar. O major foi morto em confronto com militares do Bope. O caso aconteceu na noite do último sábado (07), na Rua Manaus, no bairro do Prado, na capital alagoana.

Pedro Silva estava detido na Academia de Polícia Militar desde o início do ano, cumprindo pena pelo crime de violência doméstica contra a atual ex-esposa. No entanto, no sábado ele conseguiu fugir do local. 

Ao conseguir escapar, ele partiu para a casa da ex-mulher, onde fez cinco reféns, sendo a ex-mulher, o ex-cunhado, a irmã dele e duas crianças, que são filhos deles, um tinha dez e outro tem dois anos de idade. 

Em entrevista à TV Pajuçara, o sobrinho do Major e filho de Altamir, Arrison Galvão, relatou que a mãe e a tia conseguiram correr e se trancar em um quarto, onde Pedro tentava quebrar a janela para invadir o local. Sem sucesso, ele usou as crianças para fazer chantagem emocional com a mãe. 

“Ele começou a cortar o cabelo das crianças e começou também a mutilá-las. Ele ava a faca no próprio filho, que não estava entendendo que ele estava fazendo o mal. As crianças estavam inocentes, sem entender”, conta. 

Militares do Bope foram até o local e iniciaram as negociações para tentar libertar as vítimas. Durante a operação, a ex-mulher, a irmã dele e o filho mais novo foram libertados, porém ele não se entregou, e assassinou Altamir Moura Galvão de Lima, de 61 anos - cunhado dele - e também o próprio filho, Pierre Victor Pereira Silva, de 10 anos. Em seguida, Pedro morreu em confronto. 

A tragédia deixou até policiais chocados. Segundo o secretário executivo da Segurança Pública, Cel Patrick, o local parecia uma carnificina. 

“A criança aparenta estar amputada. Na cena do crime há corte de cabelo, um local extremamente horrível de se ver, praticamente uma carnificina, onde o elemento em surto psicótico, de forma totalmente destemperada toma refém a sua família", disse, no dia, o secretário executivo da Segurança Pública.

Quem eram as vítimas

  • Pierre Victor Pereira Silva, de 10 anos, era filho do major. O menino era uma criança de energia contagiante e de sorriso fácil, como descreveu em nota de pesar o Centro Educacional Agostiniano de Palmeira dos Índios. 
  • Já o primo, Arrison Galvão, destacou que Pierre era uma criança bastante inteligente e que adorava jogar. “Era um menino inteligentíssimo, sabia falar inglês. Gostava muito de videogame, gostava de jogar, sabia todos os games e acompanhava todos os gamers. [...] Era um menino muito carinhoso e afetivo”. 
  • Conhecido como sargento Galvão, Altamir Moura Galvão de Lima, pai de Arrison, tinha 61 anos e era sargento aposentado da Polícia Militar. Altamir também foi morto pelo major Pedro Silva dentro da residência da família.
  • Segundo Arrison, o pai era um homem íntegro e tentou defender a família do ataque. “Era um homem da paz, era muito amigável, não gostava de confusão, não gostava de problemas, ele os evitava. Inclusive, ele não gostava quando meu tio ia para lá, porque sabia desse perfil dele [de violência doméstica]. "

Histórico de violência doméstica

Arrison fez um relato de como era o comportamento do tio. Ele contesta a versão dada inicialmente pela polícia que Pedro estava em surto psicótico no momento em que sequestrou a família e reforçou o histórico de violência praticada pelo parente.

"Eu gostaria que algum profissional da saúde, um psicólogo ou psiquiatra me dissesse se existe um surto psicótico que dura 50 anos, porque ele tem desde sempre. O histórico de agressão, de bater na esposa, tem desde sempre. Poderia ter sido feito algo lá trás, para evitar que outras vítimas tivessem sido agredidas, mas não foi feito", destacou.

Negou as acusações 

Dias antes de fugir da Academia, o major da PM chegou a gravar dois vídeos no final do mês de maio negando as acusações de violência doméstica contra a ex-mulher. 

No conteúdo da primeira gravação, o major diz que a filmagem estava sendo realizada no dia 28 de maio. Ele se apresenta como policial militar da reserva, cita que estava preso com base na Lei Maria da Penha, por uma briga que teve com a ex-mulher e questiona a legalidade da prisão.

“Tive uma desavença com minha esposa, vias de fato. Ela quebrou meu dedo, tenho que fazer uma cirurgia. Eu a empurrei sem querer, porque ela me abraçou, me agarrou, me arranhou. Fui tentar me desviar dela e terminei a empurrando sem querer, ela veio a ter um hematoma no rosto. Não sei se foi devido a queda, que ela bateu na cama, ou se foi o cotovelo. Não tive a intenção de fazê-lo.” Confira o vídeo completo: 


Na segunda gravação, que também tem quase sete minutos de duração, Pedro Silva a a afirmar que suspeitava que estava sendo traído pela ex-mulher. Ele faz diversos comentários sobre o comportamento da vítima e de pessoas próximas a ela. O TNH1 optou por não publicar esse segundo vídeo em respeito à vítima.

O que falta saber? 

Ainda não se sabe como Pedro Silva conseguiu fugir da Academia da Polícia Militar de Alagoas. Segundo o Secretário Executivo da Segurança Pública, Cel Patrick, a fuga será investigada. 

"Teremos uma investigação sobre como ele saiu da Academia da Polícia Militar e foi parar aqui [no local do crime]", ressaltou o secretário. 

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